sábado, 16 de julho de 2011

Poesia

SÚPLICA

Cuida de mim
que tanto fardo carrego
de tomar conta do mundo
e não ter a quem prestar contas
cuida de mim
que protejo cada árvore
multiplicada em folhas
que me fatigo
em desvendar cada olhar desvalido
me dá colo
que me estafo
em arrancar ervas daninhas
das estradas alheias
que me esfolo as mãos
lavando as manhãs de meus filhos
Canta-me canção de paz
que me mato nas
guerras do cotidianos
e nas pelejas dos sonhos.



Dora Vilela
Cronista, contista e poeta.
(do livro: Instantes decantados. Editora: A casa do Novo Autor Brasileiro.2010)

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