domingo, 12 de fevereiro de 2012

EDITORIAL






CARO LEITOR:

Onde é sua casa?


  Na música travessia de (Milton Nascimento, Fernando Brandt, Travessia diz: “Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar´´, ninguém é dono de nada o tempo que ficamos de posse de alguma coisa terrena é o tempo que nos dedicamos a ela. O que devemos fazer, é ter responsabilidade com os bens do verdadeiro e único dono de tudo e de toda criatura.
  Feliz daquele que teve herança, mais feliz aquele que venceu por si, mas infeliz daquele que herdando ou vencendo por si não souber repartir, pior daquele que tem a missão de cuidar, proteger pois é fácil prometer, é fácil iludir o difícil é cumprir, ser homem perante aos compromissos assumidos, nesta terra. Não há ninguém como o Verdadeiro Homem, o Verdadeiro DEUS, que veio ensinar que a prioridade é o ser e não o ter.
 “Coragem, às vezes, é desapego. É parar de sofrer hoje,
para voltar a conquistar amanhã”




O nosso Lugar, que também poderia se chamar de nosso Lar ou Nossa Casa, este espaço construído a base de suor, fruto do trabalho da conquista diária para você e as pessoas com as quais convive, não é nosso e também não é nosso este lugar, pode ter certeza!

  Como é bom viver, como é bom sonhar e o que ficou pra trás passou e não importa mais as vezes é até melhor, pois temos que sempre pensar em algo novo que faça sentido. Muitas vezes ainda vemos o mundo com os olhos de criança que só quer brincar e não mede muito a "responsabilidade" , mas a vida cobra sério e realmente não dá pra fugir. Mas ninguém pode tirar de você: a Liberdade pra poder sorrir, o poder de buscar o seu lugar.
  Cada um tem seu caminho, somos Irmãos do mesmo Cristo, e queremos e não desistimos Caro PAI. A vida pode passar, mudar de uma hora para outra, mas a única certeza é de que não estamos sozinhos. Sabemos que se tivermos fé voltamos até a sonhar, livres pra poder sorrir, livres pra poder buscar o nosso lugar ao sol.
  O amor é assim, é a paz de Deus em sua casa, o amor é assim, é a paz de Deus que nunca acaba. Nossas vidas, nossos sonhos têm o mesmo valor e DEUS está com você pra onde você for, e como é bom saber que é azul a cor da parede da casa de Deus e não há nada mais importante que você para ELE e que como filhos temos uma casa para voltar e a única pessoa que pode nos tirar este direito somos nós mesmos.

“Que as mentes de todos os seres do mundo inteiro se liberem de pensamentos de intolerância, aborrecimento, ódio, assim como do desejo de provocar danos e que, em troca, suas mentes estejam repletas de pensamentos de tolerância, respeito, bondade e desejo único de beneficiar aos demais.”

(Maitreya)



``Não temas, porque EU sou contigo; não te assombres, porque EU sou teu Deus;
EU te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça´´
Isaias 41:10






RITA ELISA

www.palavrasdeseda.blogspot.com

Placa à beira da estrada de terra na África
Precisamos dar valor às ‘pequenas’ coisas do dia a dia. As mais corriqueiras que temos à disposição. O valor da água encanada, do fogão a gás, do pão comprado na padaria, do leite ensacado. Ainda existem lugares onde a água tem de ser coletada longe, em um riacho ou cacimba; onde os tijolos amontoados tornam-se um belo fogão à lenha; onde não há pão pois a farinha de trigo é coisa rara e, a vaquinha, é algo surreal, fica apenas na imaginação das pessoas novas e na lembrança dos mais velhos.

Nessa lembrança dos antigos vi uma placa. Colocada à beira da estrada de terra, lá pelos confins da África, bem no coração da Terra. Uma placa triangular, de zinco (material raro e precioso para o lugar), onde pintaram uma vaquinha. Não é uma simples vaquinha. É... a VAQUINHA. Desenhada com requintes de um saudosismo inerente a um passado bem distante. De conversa em conversa, avós contaram aos netos como era o tempo bom, quando havia plantações, fartura na mesa, animais selvagens nos campos e ainda mais... animais domésticos. Tempo de milho, de feijão, de frutas, de palancas negras, de cachorros e... é claro - de vaquinhas. A placa é a visão temporal da magia de uma época.
  A vaquinha da placa parece um desenho lúdico. Algo infantil, de quem era acostumado a brincar de vaquinha, ou... acostumado a ouvir estórias a respeito de vaquinha. A vaca é projetada na folha de zinco com um traçado curvilíneo que impressiona. Nessas curvas vão sendo caracterizada uma vaca diferente. Ela está de lado, mas com a cara para frente; olhos enormes... essencialmente humanos. É magra, magra demais, até mesmo as tetas são pequenas, os ossos tornam-se predominantes por causa da magreza.
  O essencial dessa vaquinha é o que não vemos. A vontade de que uma vaca apareça e por ali passe, mesmo que cabisbaixa, mas que ela aconteça. Mas ela esteve há tanto tempo ali, naquela placa, estagnada, petrificada pela vontade dos que viram apenas armamento bélico, questionada pelas crianças mutiladas por minas terrestres que restaram de uma época triste, tempo que houve disseminação das plantações, dos animais e de alguns humanos. Ainda acontecem reticências dessa guerra, pontos de minas que explodem no fundo de um quintal, na estrada ou no meio da mata. Por isso não há caminho seguro que leve ao paraíso de uma vaca gorda, com tetas grandes, olhando para o chão... pastando.
  Na dor de ver e não ter, a placa foi retirada há pouco tempo, presente para meu legado de letras, para minhas escritas mais doloridas. A placa tombou no meio da saroba, símbolo da vontade, passou a ser luta vencida e doída.
   Nova pastagem para essa vaquinha. A placa voou oceano e aterrissou no alto da serra do Mar. Lá está a vaquinha, na mesma posição, com o mesmo olhar esbugalhado de quem não sabe se é humana ou qualquer outra coisa que o valha; magra; em frente para o oceano que a separa da sua terra mãe.
  Ao abrir a porta da cozinha me deparo com essa placa. Ela me faz repensar as desilusões da vida, ela me dá a certeza de que o mundo é o próprio Paraíso, pois as pessoas que viviam na busca da vaquinha, que viam nela uma realidade a ser conquistada, vivem em paz dentro do restolho de guerra imputada a elas; são felizes, sorriem, cantam, namoram, casam, tem filhos e os criam com amor; vivem com a certeza do que tem. Adaptaram-se aos limites impostos pela guerra. Marcam os morteiros nas árvores, implodem as minas terrestres, queimam os Brucutus encontrados no deserto e acreditam na força da união. Uma realidade que essa placa de vaquinha me aponta e me faz repensar na ética do TER para tornar-se SER.
  Olho em volta e vejo muito verde, o rio, a água encanada, as espigas de milho no campo, a comida borbulhando no fogão, a luz no poste em frente à porteira. Quantas facilidades, quanto conforto, quanta fartura material... penso na fartura espiritual, aquela que faz a diferença.
  Abro meus braços, sorrio para a vida, olho o vale entre as montanhas e vejo as nuvens que vêm do oceano. Envio um pensamento para meus amigos de além mar: 'vocês me deram o ensinamento da vaquinha'.




Rita Elisa Seda

Sítio Nhá Chica – Natividade da Serra - SP

PALAVRAS QUE EDIFICAM


Prosperidade

                                                            Por Cícero Félix do Nascimento

  Veremos hoje qual é a prosperidade que Deus quer para nós.
  A verdadeira prosperidade não reside no acúmulo de bens materiais, mas se encontra na abundância dos bens espirituais que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo nos proporciona.
  Quando Deus chamou Abraão de Ur dos Caldeus, o patriarca não partiu motivado por expectativas materiais e financeiras, mas saiu para cumprir a vontade divina, mas nem por isso Abraão deixou de ser abençoado com bens materiais. No livro de Gn. CAP. 24. V35 vemos que o senhor abençoou muito ele de maneira que foi engrandecido deu-lhe ovelhas, vacas, prata, ouro, servos e servas, camelos e jumentos. Ele sabia como lidar com o transitório, pois tinha a mente no eterno. Mesmo ele e os que estavam com ele morando em um meio hostil foram respeitados e temidos.
  Podemos ver a providência de Deus em (Dt 28 v7). Nós podemos ter uma vida próspera e podemos beneficiar a muitos que estão à nossa volta, mesmo sem ter bens!
  Vemos por exemplo bíblico José do Egito (GN 37) que foi mau tratado pelos irmãos, vendido como escravo para o Egito, e lá foi preso, mas ele prosperou e tudo que ele fazia prosperava. Chegou a ser governador do Egito, mesmo todas as coisas sendo dos egípcios, Faraó entregou todo o domínio a ele, e todos foram beneficiados, até as nações vizinhas e também sua família. Porque Deus deu a prosperidade a ele.
  A prosperidade é algo que Deus criou para nós, a prosperidade de Deus beneficia nós e os que estão a nossa volta.
  Mateus CAP. 6. V33 nos diz, ``buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça e todas outras coisas vos serão acrescentadas´´. A prosperidade com Deus nos trás alegria, paz e vida. E vida com abundância.

REFLEXÃO




FOLHA EM BRANCO

  Certo dia eu estava aplicando uma prova e os alunos, em silêncio, tentavam responder as perguntas com uma certa ansiedade.

  Faltavam uns 15 minutos para o encerramento e um aluno levantou o braço, dirigiu-se a mim e disse:
  - “Professor, pode me dar uma folha em branco?”
  Levei a folha até sua carteira e perguntei porque queria mais uma folha em branco. Ele respondeu:
``Eu tentei responder as questões, rabisquei tudo, fiz uma confusão danada e queria começar outra vez”.
  Apesar do pouco tempo que faltava, confiei no rapaz, dei-lhe a folha em branco e fiquei torcendo por ele.
  Aquela sua atitude causou-me simpatia. Hoje, lembrando aquele episódio simples, comecei a pensar quantas pessoas receberam uma folha em branco, que foi a vida que DEUS lhe deu até agora, e só têm feito rabiscos, tentativas frustradas e uma confusão danada…
  Acho que agora seria um bom momento para se pedir a DEUS uma nova folha em branco, uma nova oportunidade para ser feliz.
  Assim como tirar uma boa nota depende exclusivamente da atenção e esforço do aluno, uma vida boa também depende da atenção que demos aos ensinamentos do Mestre.
  Não importa qual seja sua idade, condição financeira, religião, etc. Levante o braço, peça uma folha em branco, passe sua vida a limpo. Não se preocupe em tirar 10, ser o melhor. Preocupe-se apenas em aplicar o aprendizado que recebeu nas aulas do Mestre. Ele se interessa por aquele que pede ajuda e repete toda a “matéria” dada, portanto, só depende de você.

Música













Dunga


O meu lugar é o Céu

O meu lugar é o Céu
D
E lá que eu quero morar
Em D C
O meu lugar é o Céu
Cm6
E lá que eu quero morar

Em
Eu sei não vale a pena

D
Tanta grana, poder, fama
C
Pois isso tudo aqui vou deixar
Em D
E sei que lá no céu só chega aquele que na terra
C
Seus bens soube compartilhar
Em D
Por isso todo dia, dia-a-dia, a cada hora
C
Eu sei com Deus eu posso contar
Em D
E a cada passo certo que eu der aqui na terra
C
Mais perto Dele eu vou ficar

Am D Am G
Buscar, bater, saber pedir e até mesmo suplicar
Am D
Eu tenho um endereço
G F C F
No céu vou morar
G F C
Eu tenho um lugar

O meu lugar...

Ivani Izidoro



PROMESSAS.....

  Raros são aqueles que no início de ano, não fazem pro-messas!
  Fato: para realizar pro-messas não basta só o desejo, é preciso ação, fazer diferente!
  Pelas academias cheias, constatamos uma promessa muito comum: entrar em forma!
  Eu também, fiz uma pro-messa parecida com essa, com algumas diferenças...
  Não quero entrar em forma. (Existe alguém sem forma??) Nem entrar na forma das atrizes e modelos. (Na forma ou seja, no molde!)
  Fiz a promessa de melho-rar as minhas formas corpo-rais, mentais, emocionais e espirituais! Pouca coisa...
  Claro, comecei pelo mais visível e fácil: melhorar as mi-nhas formas corporais.
  Mentira: fácil nada!
  E, depois de algumas frus-tradas tentativas à solo, graças a Deus, a minha amiga Ilma convidou-me a caminhar. Não podia perder a oportuni-dade e foi uma arma po-derosa para vencer meu pior inimigo: a preguiça!
  Assim, marcamos o horá-rio, com um sábio trato: cada uma no seu ritmo!
  Iniciamos a caminhada com uma conversa praze-rosa, com uma descida fácil, mas logo encontramos terríveis subidas!
  Habituada as caminhadas, Ilma não demorou 10 minutos para deixar entre nós, uma diferença de assim... mais ou menos... 50 metros.
  Verdade verdadeira: não fiquei triste, pois acredito que cada um, só pode ser parâ-metro de si mesmo. Estar ali, caminhando, pra mim, já era uma batalha ganha .
  E, se juntas, no início, nossa caminhada foi equili-brada pela gostosa amizade do passo lento dela e do meu passo apressado. O caminho a ser percorrido pedia o ritmo individual como garantia na sintonia de nossos objetivos coletivos e na nossa supera-ção pessoal.
  Pois, como na vida, no ca-minho encontramos parceiros do lado, na frente, atrás, mas cada um só consegue avan-çar por passos individuais.
  Ilma atada a meu passo estaria impedida de superar seus limites. Eu, se conse-guisse ficar atada ao passo dela (hipótese muito remota) não conseguiria andar no outro dia ou poderia estar in-ternada no hospital com sus-peita de enfarto.
  Fizemos um ato dupla-mente inteligente: fui até o ponto em que o meu limite permitiu e ela foi até onde achava que deveria ir.
  Combinamos outras cami-nhadas, superações nos esperam!
  Claro, não foi tudo ótimo! Tive que confessar que no meio da caminhada, fiquei em pânico com o meu despre-paro.
  Despreparo físico?
  Não, despreparo financeiro: não levei passe ou dinheiro para voltar de ônibus!
  E, se eu não conseguisse voltar??