terça-feira, 9 de abril de 2013

Rita Elisa

















  Na paisagem os destaques ficam por conta de duas árvores: a cibipiruna e a goiabeira.
  No alto da serra do mar, o vento passa impetuoso, ainda mais em época de tempestade, no verão. E foi em uma tarde de janeiro que o vento ligeiro trouxe a tempestade do mar, abriu caminho por entre as montanhas, fez-se mais forte e tombou a cibipiruna que, até então, frágil, caiu expondo suas raízes.  Do lado dela, a goiabeira continuou ereta, imponente, orgulhosa.
  Dois anos se passaram. Meus olhos registram a paisagem, meu coração comove-se e minha alma me dá sabedoria. 
  Caída, a cibipiruna norteou um de seus galhos para cima, para isso suas raízes tiveram de fixar-se com mais força. Outros galhos surgiram, imitando o galho mestre, rumo às alturas, enquanto o tronco grosso, caído, alimentava as raízes. 
  Ereta a goiabeira continuou com os mesmos galhos, sem nem mesmo nascer algum broto. Uma erva de passarinho fixou-se em um dos galhos e ali tomou conta. Foi se alastrando aos poucos, apoderando-se dos galhos, infiltrando-se dia-a-dia na seiva e vivendo como hospedeira, criando folhas “quase” iguais às da goiabeira. Tomou conta de uma grande parte da árvore. 
  A cibipiruna floresceu dourada. Olhá-la em uma tarde de outono é um deleite para os olhos e para a alma.     A brisa faz com que as flores caem como gotas de ouro, uma chuva de otimismo, de perseverança e de superação.
  A goiabeira mesmo ereta está fragilizada, a maioria de seus galhos está sem folhas, pois ao tirar a “praga” da erva de passarinho quase nada restou, apenas poucas folhas que teimaram em continuar “mostrando” que a árvore é uma goiabeira.
  A cibipiruna mesmo caída se refez, e se mostrou em trajes de gala para dançar a valsa da superação. A goiabeira ficou despida do orgulho, nem mesmo floresceu e, com isso, não frutificou. Está quase nua.
Na dança da vida até mesmo as árvores podem nos ensinar qual música seguir, qual ritmo dançar. 
A cada dia aprendo um pouco mais, basta olhar a natureza. 



Rita Elisa Seda 
Sítio Nhá Chica, 
26 de março de 2013



Convite

Lançamento

Rita Elisa Seda

NHÁ CHICA - MÃE DOS POBRES








Este livro é o resultado de uma grande pesquisa sobre a escravidão no 
Brasil e a vida da ``Santinha de Baependi´´ com fatos inéditos de sua
caminhada de santidade.
Vale a pena percorrer os caminhos de DEUS na vida humilde de uma neta
de escrava e filha de ex-escrava que soube servir a DEUS em sua
simplicidade promovendo o Reino de DEUS no meio dos Homens.





Dia: 13 de abril, Sábado
Hora:19h30
Local: Anfiteatro da UNIVAP - Rua Tertuliano Delphim Jr, 181
   Jd. Aquárius , SJC – SP.
   
Com exposição de objetos e documentos de época.

  Existe um momento na vida da gente, que sentimos a necessidade de ouvir o inaudível; temos que parar, cessar a correria, e acalmar “a alma”.
  Foi com essa determinação, que aceitei o convite para escrever essa biografia. Saí a campo, pesquisei, e depois fui para o alto da montanha; fiquei reclusa no sítio que, por incrível que pareça, tem o nome “Nhá Chica”; lugar que amo.
  E, foi lá, cercada de verde, ouvindo o desabrochar das flores, o cair das folhas, o som do orvalho beijando a natureza... que consegui escrever o livro.
  Longe da tecnologia, da Internet, da TV e com o celular inoperante, na maioria dos dias. Assim, me joguei de corpo e muito mais de alma, na confecção desse livro que, me ajudou a entender um pouco mais a respeito de minha passagem por este mundo.
  Agradeço à todos que colaboraram com o livro. Amigos conhecidos e, até mesmo, desconhecidos.    Todos unidos pela presença santa de “Nhá Chica.
  Não é por acaso que ela está sendo beatificada no ano da Fé.

Convido para estarem comigo nesta noite de lançamento, todos que quiserem conhecer um pouquinho da vida de “Nhá Chica: Mãe dos Pobres”.

Rita Elisa Seda

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