Louva-deus
A esperança visitou Clarice,
ajoelhada como um louva-deus.
A esperança me apareceu,
no vôo verde de uma borboleta.
Vibrou as asas verdes, verdes, verdes,
e assim me disse e desafiou:
“não aprendeste a lição da pedra,
que se desgasta ao lamber da água?”
Ah! Esperança, como és ligeira,
roças a alma com tuas asas leves,
mas logo voas ao sabor da brisa,
aceno terno de promessas feitas
e já desfeitas no correr do dia.
Olga de Sá
Do livro: Coisas Caladas
A poeta Olga de Sá é doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983) e pós graduada em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986). Atualmente é diretora geral – Faculdades Integradas Teresa D´Avila e do Instituto Santa Teresa, de Lorena, SP.
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