Caro Leitor
Na cidade que mais cresce, onde as construtoras trabalham em ritmo frenético, onde os arranha-céus que normalmente possuem caráter multi-funcional, sendo capazes de abrigar estabelecimentos residenciais, comerciais, de serviços, entre outros, constitui-se em geral como uma referência ou marco de que a cidade está se verticalizando, e começam a chegar aos bairros mostrando o crescimento e desenvolvimento da nossa querida São José dos Campos. E com o progresso surgem milhares de oportunidades, mas também nos dá o alerta de que a cidade daqui alguns anos terá campos apenas em seu nome, pois os tijolos, o asfalto e o concreto estão cobrindo nossa terra.
Me lembro como era gostoso jogar uma partida de futebol nos campos da Vila Industrial, onde havia alegria e diversão, hoje ali fica o Hospital Municipal, onde não há mais diversão, há no mínimo alívio para dores.
Lembro-me ainda dos rios e da pescaria que na zona leste havia, aos domingos íamos para o Novo Horizonte de bicicleta para um refrescante banho em suas águas limpas que cortava o Capão Grosso, enfrentávamos estrada de terra e para aliviar o sol, encontrávamos no meio do caminho uma enorme formação de bambuzal que nos dava um refresco em dias de sol. Hoje não há mais o bambuzal, o refresco vem dos prédios e a aventura que durava de 40 minutos à 1hora de bicicleta naquela estradinha, hoje se faz em 15 minutos de carro ou ônibus, e o que dá mais tristeza é que ao chegar ao rio em tão pouco tempo, ele não está mais lá.

Sales Júnior
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