terça-feira, 13 de julho de 2010

Parabéns pelos 243 anos de São José dos Campos!

São José dos Campos, cidade de

Terra e Ares generosos

   Podemos fazer uma analogia entre Maria Peregrina e a população joseense. Sim... ela veio procurando abrigo e um modo de manter-se, sobreviver. Viveu muitos anos em baixo de uma árvore e sentiu-se abrigada, protegida e feliz. A cidade de São José dos Campos teve um desenvolvimento acelerado nos últimos 40 anos, recebendo imigrantes de toda região do país. A população cresceu tanto que nas décadas de 1980 e 1990 era difícil encontrar em uma roda de amigos um original joseense, o tal ‘Feijão da Terra’. Eram muitos ‘peregrinos’ que vieram procurar um lugar, um abrigo, uma sobrevivência. E aqui permaneceram e permanecem, pois a cidade os acolheu com a magnitude de Mãe. Mas, todo processo de imigração tem um tempo de depuração. Sim, esses trabalhadores, quase sempre iam às suas origens, pelo menos para visitar, levar o que colheram, contar sobre essa terra joseense para familiares e amigos, afinal... a raiz pode alongar para os lados, mas nunca ser cortada – senão a árvore morre. Pode procurar nutriente e água bem longe, esticar-se, permanecendo árvore. Com isso a cidade passou a ser explorada pelos seus moradores apenas durante os cinco dias comerciais da semana, de segunda à sexta feira, porque no fim de semana as estradas ficavam abarrotadas de carros indo para o Sul de Minas, Litoral Norte Paulista, Rio de Janeiro e Centro – Oeste de São Paulo. Onde as famílias levavam presentes, sorrisos, causos e dinheiro. Nesses fins de semana a cidade ficava vazia, parecia morta. Além de uma população flutuante que vinha e vem, só para se graduar nas várias faculdades de renome e retornar definitivamente para a terra natal.
   Felizmente, hoje em dia, isso está mu-dando, há um vínculo mais afetivo na cidade. Os mais antigos joseenses mostraram amor à cidade, aqui permaneceram e os que vieram em busca de trabalho, os que esticaram suas raízes, agora têm motivos para permanecer mais aqui do que em outras paragens, os motivos são seus filhos. Há uma geração nova de joseenses que gritam de amor pela cidade. São eles que estão norteando a cultura, religiosidade, política, comércio e indústria em São José dos Campos. Nos fins de semana se reúnem em barzinhos, clubes, campos de futebol ou mesmo em suas próprias casas para um churrasquinho. Tornando viva a cidade. É a alma joseense que faz bater mais forte o coração, é o ser joseense, que já tem seu aspecto sócio-cultural diferenciado, jovens bem vestidos, usando à tira-colo o que há de mais atual em tecnologia, na maioria das vezes com aparelhos nos dentes, cabelos coloridos, sorriso nos lábios, disposição para tudo, parecem que nem dormem. Permanecem em São José dos Campos, nos fins de semana podemos vê-los nos parques, shoppings e barzinhos, movimen-tando a cidade. São filhos e netos de imigrantes que, junto com os genuínos joseenses criaram alma nova para a Capital do Vale.
   Sempre digo que sou joseense de coração, afinal tenho filhos e neto verdadeiros ‘Feijões da Terra’! Meu coração bate de amor a esta cidade que me acolheu e me dá alegria.
Feliz aniversário São José dos Campos, Cidade-Mãe!

Rita Elisa Seda

Nenhum comentário:

Postar um comentário